A Origem do Termo ‘Ga·zerín’ na Astrologia

A palavra 'ga·zerín' é encontrada unicamente na parte aramaica do livro de Daniel, possuindo uma raiz que se traduz como 'talhar'. Esse conceito está relacionado à prática de segmentar os céus em padrões definidos, referindo-se àqueles que realizam a interpretação dos astros.

11.06.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder - Por Edson A Souza

Algumas traduções, como as versões interpretam a palavra aramaica original ga·zerín como “adivinhadores” ou “agoureiros”.

De acordo com Daniel (2:27, 4:7), ... O culto astrológico era formado por aqueles que, baseando-se na localização das estrelas no momento do nascimento, utilizavam várias técnicas de cálculo e práticas de adivinhação. ... eram responsáveis por decidir o destino das indivíduos. A astrologia, em sua essência, é caracterizada pelo politeísmo. Suas raízes podem ser traçadas até o vale inferior da Mesopotâmia, possivelmente surgindo logo após o Dilúvio, período em que a humanidade começou a se afastar da adoração genuína a Jeová. O termo "caldeu" acabou se tornando, ao longo do tempo, praticamente um sinônimo de "astrólogo".

Na influência da pseudociência da astrologia, acredita-se que divindades distintas exercem domínio sobre diferentes áreas do céu. Cada movimento e ocorrência no céu, como o amanhecer e o anoitecer, os equinócios e solstícios, as diferentes fases da lua, os eclipses e a passagem de meteoros, seriam, segundo a crença, manifestações das ações divinas desses deuses. Dessa forma, os fenômenos celestiais eram constantemente documentados, resultando na criação de mapas e tabelas detalhadas que catalogavam suas manifestações. Com base nessas informações, era possível prever questões humanas e acontecimentos no mundo terrestre. Acredita-se que todas as questões, tanto de natureza pública quanto privada, estavam sob o controle dessas divindades celestiais. Como resultado, qualquer deliberação em âmbito político ou militar ocorria somente após a convocação dos astrólogos, que eram responsáveis por interpretar os agouros e oferecer suas orientações. Assim, a classe sacerdotal adquiriu considerável poder e influência sobre a vida da população. Declaram possuir habilidades sobrenaturais, sagacidade e uma sabedoria excepcional. Entre os babilônios, era comum que cada templo significativo possuísse um próprio observatório astronômico. 

Influência Celestial no Destino Humano

Os astrólogos acreditavam que a posição das estrelas e planetas no momento do nascimento influenciava o destino e o caráter das pessoas, estabelecendo uma conexão entre o cosmos e a vida humana.

Práticas de Cálculo e Adivinhação

Este culto envolvia complexos cálculos e adivinhações baseadas nos movimentos celestes, sendo uma prática comum entre os sacerdotes que detinham o conhecimento astrológico.

Cultura Babilônica e Astrologia

A astrologia era uma parte fundamental da cultura babilônica, com templos dedicados à observação do céu e à prática de rituais astrológicos.

Depois do Dilúvio

A astrologia emerge como uma prática politeísta, desviando-se da adoração pura de Jeová, refletindo as primeiras tentativas humanas de entender os céus.

Vale Inferior da Mesopotâmia

O desenvolvimento da astrologia se consolida, onde os antigos acreditavam que cada deus governava setores específicos do céu, influenciando a vida na terra.

Era Babilônica

Os babilônios estabelecem a astrologia como uma prática formalizada, utilizando observatórios para registrar movimentos celestes e prever eventos terrenos.

No oitavo século antes da Era Comum, o profeta Isaías fez uma previsão sobre a queda de Babilônia, desafiando os astrólogos e conselheiros da cidade à defesa de seu destino. Ele os instou, dizendo: “Babilônia, você se cansou com a quantidade de seus conselheiros.” Ergam-se, portanto, aqueles que veneram os céus, os observadores das estrelas e os disseminadores de sabedoria nas luas novas sobre os eventos que estão por vir a respeito de ti." – Isaías 7:13.

Ao longo da História, Daniel e seus três companheiros foram feitos prisioneiros neste território de astrólogos. Quando submetidos a uma avaliação sobre "tudo que envolve sabedoria e entendimento", o rei da Babilônia chegou à conclusão de que esses hebreus eram "dez vezes superiores a todos os sacerdotes, magos e conjuradores presentes em seu vasto reino". (Da 1:20).

Depois do Dilúvio

A astrologia emerge como uma prática politeísta, desviando-se da adoração pura de Jeová, refletindo as primeiras tentativas humanas de entender os céus.

Vale Inferior da Mesopotâmia

O desenvolvimento da astrologia se consolida, onde os antigos acreditavam que cada deus governava setores específicos do céu, influenciando a vida na terra.

Após esse evento, Daniel recebeu o título de "líder dos sacerdotes-magos" (Daniel

4:9). No entanto, é crucial destacar que ele nunca abandonou a adoração a Jeová para se dedicar à observação das estrelas, não se tornando assim um 'divisor dos céus'. Por exemplo, Nabucodonosor ficou extremamente irado quando os astrólogos e os demais "sábios" falharam em interpretar seu sonho, a ponto de bradar: “Vocês serão desmembrados e suas próprias casas se tornarão latrinas públicas.” (Da 2:5) Daniel e seus amigos estavam entre aqueles que enfrentavam essa severa condenação, mas antes que a execução fosse realizada, Daniel foi apresentado ao rei. Nesse encontro, ele afirmou: “Existe no céu um Deus que revela segredos”, esclarecendo que “nenhuma sabedoria que eu possua é superior à de outros seres humanos, e foi assim que este mistério me foi desvendado.” — Daniel 2:28, 30.

Quem eram os sábios que vieram saudar o menino Jesus?

Os astrólogos, conhecidos na tradição como "magos" (do grego má·goi), foram os que trouxeram presentes ao recém-nascido Jesus. Explorando a Identidade dos Magos em Mateus 2:1-16.

No contexto do relato evangélico em Mateus 2:1-16, surge a figura enigmática dos magos. O Dicionário Bíblico Imperial, em seu volume correspondente, oferece uma análise profunda sobre a origem e o significado desses visitantes ilustres. Esses homens, frequentemente descritos como sábios do Oriente, desempenham um papel crucial na narrativa do nascimento de Jesus, simbolizando a busca pelo conhecimento e a adoração do novo rei.

A presença dos magos, que trazem presentes valiosos, não apenas enriquece a história, mas também destaca a importância do reconhecimento de Jesus como o Messias não apenas entre os judeus, mas também entre as nações. Essa diversidade de personagens ilustra a abrangência da mensagem cristã, que transcende fronteiras culturais e geográficas.

Assim, Justino, o Mártir, Orígenes e Tertuliano, ao estudarem Mateus 2:1, interpretavam de maneira precisa os má·goi como astrólogos. Tertuliano, em sua obra "Sobre a Idolatria", no capítulo IX, aborda a interconexão entre a magia e a astrologia, afirmando: “É do nosso conhecimento a relação mútua existente entre esses dois elementos.” Os primeiros a interpretar os astros foram aqueles conhecidos como os intérpretes das estrelas. "... ao oferecer a Ele [Jesus] ‘presentes’.” (Os Pais Antenicenos, 1957, Vol. O termo "magos" passou a ser amplamente utilizado como uma designação genérica para astrólogos no Oriente.

Assim, existem indícios sólidos que sugerem que os magos que chegaram até o menino Jesus eram, na verdade, astrólogos. Williams Reza, referindo-se aos "contempladores das estrelas", acrescenta uma nota explicativa ao pé da página: "Ou seja, estudantes das estrelas em relação aos acontecimentos na Terra." Assim, é adequado que traduções contemporâneas utilizem o termo "astrólogos" em Mateus 2:1.

A adoração do Bezerro é um tema significativo que remonta a passagens bíblicas, onde um ídolo em forma de bezerro foi criado e venerado pelo povo israelita. Este evento, que se deu no contexto da ausência de Moisés, reflete o desvio da fé e confiança em Deus, levando a uma série de repercussões tanto espirituais quanto sociais. A ação do povo, ao estabelecer uma imagem material como objeto de adoração, destaca a tendência humana de buscar representações tangíveis da divindade, mesmo em momentos de grande necessidade espiritual. Este episódio serve como um alerta que ressoa através dos tempos, convidando à reflexão sobre a lealdade e a fidelidade em relação às crenças e valores fundamentais. A adoração ao bezerro de ouro é reconhecida como a primeira manifestação de idolatria registrada na Bíblia, à qual os israelitas se renderam após sua saída do Egito. Enquanto Moisés permanecia no monte, recebendo as instruções divinas, a população começou a demonstrar impaciência. Em resposta a essa inquietação, eles se voltaram para Arão, solicitando que ele criasse um deus para que pudessem adorá-lo. As contribuições de ouro dos israelitas permitiram que Arão moldasse uma estátua fundida de um bezerro, certamente representando um jovem touro. De acordo com Salmos 106:19-20, essa celebração era vista como uma representação de Jeová, e a festividade que ocorreu no dia seguinte foi intitulada “uma festividade para Jeová”. Os israelitas prestaram homenagens ao bezerro de ouro, inclinando-se em adoração e participando de celebrações que incluíam refeições, bebidas e momentos de alegria com músicas e danças.