O discurso protecionista, embora vendido como uma solução para proteger empregos domésticos e fortalecer a economia nacional, é marcado por contradições e efeitos colaterais que prejudicam tanto os trabalhadores americanos quanto a massa trabalhadora global. As consequências das medidas trumpilistas ajuda a acelerar a implementação da automação e agentes AI em escala global, ou seja, o plano tecnocrático da elite mundial sendo instaurado com a permissão da população em todo mundo que não compreende como o mundo funciona no mundo real, além da "matrix" que vivem.
03.04.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder
Promessas vs. Realidade: O Efeito Doméstico
Proteção de Empregos Setoriais vs. Perdas em Outros Setores:
Tarifas sobre importações (como aço ou alumínio) podem temporariamente salvar empregos em indústrias protegidas. No entanto, setores que dependem desses insumos (como automobilístico ou construção) enfrentam custos mais altos, levando a demissões, preços elevados para consumidores e redução da competitividade.Exemplo: Um estudo do Peterson Institute for International Economics estimou que as tarifas de Trump em 2018 salvaram cerca de 16 mil empregos na siderurgia, mas custaram 75 mil empregos em setores dependentes de aço.
Retaliações Comerciais e Exportações:
Países afetados por tarifas retaliaram com medidas semelhantes. Agricultores americanos, por exemplo, perderam acesso a mercados como China e União Europeia, resultando em falências e resgates governamentais bilionários.Inflação e Poder de Compra:
Tarifas aumentam preços de produtos importados e nacionais (por custos elevados de insumos). Trabalhadores americanos gastam mais em itens básicos, corroendo salários reais. Em 2019, estimou-se que as tarifas custaram US$ 831 por família americana em custos adicionais (Federal Reserve Bank of New York).
2. Impacto na Massa Trabalhadora Global
Desestabilização de Cadeias de Suprimentos:
Indústrias globais, como eletrônicos e têxteis, dependem de redes internacionais. Tarifas interrompem essas cadeias, levando a demissões em países exportadores (ex: México, Vietnã) e aumentando a precarização laboral.Guerras Comerciais e Recessão Global:
Protecionismo gera incerteza, reduz investimentos e desacelera o comércio internacional. Países em desenvolvimento, dependentes de exportações, sofrem com desemprego e queda no PIB. A OMC estimou que guerras comerciais poderiam reduzir o comércio global em até 17% em 2025.Aceleração da Automação:
Para compensar custos tarifários, empresas automatizam processos. Isso substitui trabalhadores não só nos EUA, mas em fábricas asiáticas e latino-americanas, onde empregos de baixa qualificação são essenciais.
A Mentira do "Nacionalismo Econômico"
Proteção a Indústrias Ineficientes:
Ao subsidiar setores obsoletos, o protecionismo desvia recursos de indústrias inovadoras, travando o progresso tecnológico e a criação de empregos futuros.Concentração de Riqueza:
Grandes corporações (como siderúrgicas) beneficiam-se de tarifas, enquanto pequenas empresas e trabalhadores arcam com custos. Nos EUA, executivos do setor siderúrgico registraram lucros recordes durante as tarifas de Trump, enquanto trabalhadores de setores afetados perdem os seus empregos para automação e agentes AI.Falsa Narrativa de Soberania:
A ideia de "trazer empregos de volta" ignora a complexidade da economia global. Mesmo com tarifas, empresas preferem automatizar ou relocalizar para países com mão de obra mais barata (ex: México), não necessariamente retornando aos EUA.
4. Casos Históricos: Lições Não Aprendidas
Smoot-Hawley (1930): Tarifas agravaram a Grande Depressão, reduzindo o comércio global em 66% entre 1929 e 1934.
Guerra Comercial EUA-China (2018-2020): Custou à economia global US$ 700 bilhões em PIB perdido (Bloomberg), com perdas generalizadas de empregos.
Conclusão: Um Discurso que Fragiliza os Trabalhadores
O protecionismo é uma solução simplista para problemas complexos. Promete proteger empregos, mas gera desemprego estrutural, inflação e dependência de subsídios. Globalmente, aprofunda desigualdades e desestabiliza economias frágeis. Em vez de fortalecer trabalhadores, alimenta uma corrida para o fundo, onde a automação e a exploração laboral em países pobres compensam custos. A verdadeira proteção aos trabalhadores exige políticas de requalificação, investimento em indústrias do futuro e cooperação global — não barreiras comerciais.
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