ÁSIA

GUERRAS POR RECURSOS

O estado de Kachin, em Mianmar, está no centro da disputa sino-americana por terras raras... coincidência desestabilização e guerra?

Os EUA buscam influência sobre esta região que abastece grande parte da indústria de terras raras da vizinha China... A mídia ocidental publicou uma série de artigos conscientizando sobre o importante papel que o estado de Kachin, em Mianmar, desempenha na indústria global de minerais de terras raras. A fase mais recente da longa guerra civil do país, que é mais complexa do que a maioria dos relatos ocidentais e não ocidentais fazem parecer, viu separatistas regionais assumirem o controle de locais que produzem cerca de metade das terras raras pesadas do mundo.

Em resumo, o Exército de Independência Kachin (KIA) está tentando expandir o controle sobre o estado que lhe dá nome, o que ameaça as autoridades militares com as quais está em guerra há décadas. A China teria exigido que eles interrompessem sua ofensiva, caso contrário, as importações de suas terras raras seriam restringidas. Isso poderia, por sua vez, desestabilizar as cadeias de suprimentos globais se o KIA não cumprir... e a China cumprir seu ultimato, já que detém um quase monopólio no processamento desses recursos.

É nesse contexto que os EUA acabaram de suspender as sanções impostas a alguns dos aliados da junta militar. Ao aliviar parte da pressão exercida sobre eles desde que reassumiram o poder no país no início de 2021, após eleições parlamentares disputadas vários meses antes, que desencadearam a mais recente rodada do que é, de longe, a guerra civil mais longa do mundo, os EUA parecem estar sinalizando interesse em um acordo. Toda a pressão poderia ser removida se Mianmar se (con)federalizasse e desse aos EUA influência sobre Kachin.

31.07.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder

Mianmar pode se sentir tentado a considerar isso, visto que as Forças Armadas têm estado em desvantagem nos últimos dois anos. O país também está tão preocupado em se tornar desproporcionalmente dependente da China que expandiu amplamente os laços com a Rússia como forma de se proteger contra esse cenário. Um acordo de recursos políticos mediado pelos EUA poderia, portanto, manter os generais no poder e levar Mianmar a diversificar seu jogo de equilíbrio com a China, permitindo que os EUA complementem o papel da Rússia nesse sentido.

A disputa sino-americana por terras raras, que a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, avaliou como parte da "corrida tecnológica" impulsionada pela IA, é uma das principais prioridades da política externa dos EUA. Portanto, é mais importante para os EUA obter o controle desses recursos, ou pelo menos influência sobre os fornecedores da China, como o que buscam fazer por meio do acordo de paz recentemente negociado entre a República Democrática do Congo e Ruanda, conforme explicado aqui , do que "disseminar a democracia" em Mianmar.

Esse grande imperativo estratégico explica o inesperado levantamento das sanções impostas pelos EUA a alguns dos aliados da junta militar, em meio a uma onda de artigos da mídia ocidental que visam aumentar a conscientização sobre o importante papel que o Estado de Kachin, em Mianmar, desempenha na indústria global de minerais de terras raras.

Quando rebeldes armados tomaram o cinturão de mineração de terras raras no norte de Mianmar em outubro, eles desferiram um golpe na junta militar do país e tomaram o controle de um recurso global essencial.

Ao capturar locais que produzem cerca de metade das terras raras pesadas do mundo, os rebeldes do Exército de Independência Kachin (KIA) conseguiram restringir o fornecimento de minerais usados em turbinas eólicas e veículos elétricos, elevando os preços de um elemento essencial.

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Conflitos Globais por Terras Raras e o Colapso da Ordem Econômica (2028-2030)

Como minerais estratégicos, tecnologias quânticas e a corrida armamentista podem deflagrar crises geopolíticas, inflação descontrolada e violência global.

black and white circuit board
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07.03.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder

Introdução: O Ouro do Século XXI

As terras raras, um grupo de 17 elementos químicos críticos para a produção de smartphones, baterias de veículos elétricos, armas de precisão e hardware quântico, estão no centro de uma tempestade geopolítica. Entre 2028 e 2030, analistas projetam que a disputa por esses recursos poderá redefinir alianças, acirrar conflitos militares e desestabilizar a economia global. Com a China controlando 60% da produção mundial e 85% do refino (USGS, 2023), nações ocidentais e emergentes buscam alternativas — muitas vezes em regiões instáveis.

Geopolítica das Terras Raras — O Tabuleiro Global

Domínio Chinês e a Nova Rota da Seda Mineral
A China consolidou seu monopólio não apenas via extração, mas através de investimentos em países como Mianmar, República Democrática do Congo e Groenlândia (entende porque Trump diz que os Estados Unidos deseja anexar a Groenlândia? - Assista o vídeo produzido pela Rede Global intitulado ''Por que Donald Trump deseja anexar Groenlândia, Canal do Panamá e Canadá). Em 2027, a descoberta de vastos depósitos no Afeganistão, sob controle talibã, acendeu alertas no Pentágono. "Quem controla as terras raras controla o futuro tecnológico", afirma Dra. Elena Torres, especialista em recursos estratégicos do Wilson Center.

EUA e Europa: A Corrida pela Autossuficiência

A mina Mountain Pass (Califórnia) e projetos na Austrália buscam reduzir a dependência ocidental, mas esbarram em desafios ambientais e logísticos. A União Europeia, em 2026, aprovou o Critical Raw Materials Act, mas até 2030, estima-se que apenas 20% da demanda será atendida localmente (Relatório CE, 2028).

Regiões em Risco de Conflito:

  • Mar da China Meridional: Disputas por jazidas submarinas entre China, Vietnã e Filipinas.

  • África Central: Combates entre milícias apoiadas por Rússia, China e EUA no Congo.

  • Groenlândia: Pressão dinamarquesa e chinesa sobre licenças de mineração. Tentativa de anexação por parte dos Estados Unidos.

Tecnologia e Armamentos — A Conexão Quântica e IoT/IoB

Supremacia Quântica e a Guerra Fria 2.0
Computadores quânticos exigem elementos como érbio e itérbio para estabilizar qubits. Em 2029, a China anunciou o Quantum Dragon, um sistema 100 vezes mais rápido que modelos ocidentais, aprofundando a corrida. "Sem terras raras, não há revolução quântica", declarou Dr. Michael Chen, CEO da QuantumCore Inc.

IoT e IoB: A Demanda Silenciosa
Até 2030, o mercado de Internet das Coisas (IoT) e Internet dos Corpos (IoB) exigirá 40% a mais de neodímio e praseodímio para sensores e microchips (McKinsey, 2028). Hospitais inteligentes e exércitos automatizados dependerão desses suprimentos.

Armas Autônomas e a Nova Corrida Armamentista
Drones de combate e mísseis hipersônicos dependem de ímãs de terras raras. A Rússia, em parceria com o Irã, já testa sistemas antiaéreos com componentes raros, enquanto a OTAN acelera a produção de baterias para veículos militares.

Drone militar com ímãs de neodímio

Países localizados pelo mapa de minerais de terras raras

Conflitos e Consequências Globais

Cenário Provável: O Efeito Dominó

  1. 2028: Sanções EUA contra exportações chinesas de terras raras levam a Pequim a restringir embarques.

  2. 2029: EUA enviam tropas ao Congo para "proteger investimentos", gerando confrontos com grupos apoiados pela China.

  3. 2030: Incidente naval no Mar da China Meridional interrompe 30% do comércio global, disparando preços.

    Impaco Econômico:

  4. Cadeias de Suprimentos: Fábricas de semicondutores no Vietnã e Taiwan param, afetando Apple, Tesla e Samsung.

  5. Inflação e Moedas: O IPC global salta 15% em 2030 (FMI), com desvalorização do euro e de moedas emergentes.

  6. Violência e Migração: Protestos por escassez de eletrônicos na Europa, gangues controlando minas na América Latina.

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