Inferno de Fogo

Definição: O termo "inferno" aparece em diversas versões da Bíblia. Em passagens semelhantes, outras traduções utilizam expressões como "a cova", "o reino dos falecidos", entre outras. Algumas versões da Bíblia optam por transcrever as palavras da língua original, que são às vezes traduzidas como "inferno"; isto significa que as apresentam com as letras do nosso alfabeto, mas não traduzem seu significado. Quais são essas palavras? O termo hebraico she’óhl e seu correspondente grego haí·des não designam um lugar específico de sepultamento, mas referem-se à sepultura coletiva de todos os seres humanos falecidos; igualmente, a palavra grega gé·en·na é utilizada como um símbolo para a destruição eterna. Contudo, tanto em comunidades cristãs quanto em várias religiões não cristãs, existe a crença de que o inferno é um local onde vivem demônios e onde os injustos, após a morte, recebem punição (com alguns acreditando que isso ocorra através de tormentos).

23.07.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder - Edson A Souza

A Bíblia revela que aqueles que faleceram não sentem dor?

Eclesiastes 9:5, 10: “Os vivos têm plena consciência de que irão morrer; em contraste, os que morreram não têm conhecimento algum.  Veja o que o texto de Gênesis diz: “ Ao pó voltarás...

No
momento em que Adão, o primeiro homem, escolheu desobedecer à ordem divina, Deus lhe comunicou: “Comerás pão pelo suor do teu rosto até que retorne à terra, pois dela foste formado. Porque és pó e ao pó retornarás.” (Gênesis 3:19) Antes de ser criado do por Jeová, onde estava Adão? Bem, em lugar nenhum! Ele simplesmente não existia.

Assim, quando Jeová afirmou que Adão "voltaria ao solo", estava se referindo à morte de Adão e seu retorno aos elementos da terra -  levando em conta que Adão viveria eternamente se permanecesse obediente - a sua desobediência Adão já o levou a pena máxima - a morte (O poder e o salário do pecado. “O salário pago pelo pecado é a morte” (Ro 6:23)).

Adão não entraria em outra esfera espiritual. Ao morrer, ele deixaria de existir novamente. Sua punição seria a morte — ou seja, a falta de vida — e não a passagem para um novo domínio. — Romanos 6:23.

E
quanto aos que faleceram? A situação dos falecidos é clarificada em Eclesiastes 9:5, 10, onde encontramos: “Os mortos não têm conhecimento algum... Na sepultura... não têm trabalho, nem planos, nem saber, nem sabedoria.” (Almeida, Edição Contemporânea)

Dessa forma, a morte é um estado de não-existência. O salmista afirmou que, ao falecer, “o espírito se vai, retorna à terra; nesse dia, de fato, os pensamentos se extinguem”. — Salmo 146:4.

É
claro que os mortos deixam de existir. Eles não têm conhecimento. Não podem ver, ouvir ou se comunicar contigo. Também não têm como ajudar ou prejudicar. Definitivamente, não razão para temer os mortos.

Porém, como o espírito “deixaa pessoa no momento da morte? Pense no ser humano como um computador. O cérebro é a CPU (HD) e o corpo é toda a casca que oferece a aparência para nossos olhos de um computador certo. Jeová concedeu a Jesus os blocos de construção da vida (a flutuação quântica) e através dela criou todas as coisas. Portanto, quando algo deixa de existir - o backup desta pessoa inanimada (não existe para o mundo material)... mas, está na memória do Criador Jeová, que concede a Seu Filho (ressuscitar qualquer pessoa através do backup armazenada na flutuação quântica e trazer está a vida novamente como fez com Lázaro). (Iremos explicar tudo isto na Palestra dia 10.08.2025 iniciando 10h00 da manhã - clique aqui e sabia mais...).

Portanto, tudo que sua mão encontrar para realizar, faça com toda a sua força, pois não há atividade, planejamento, vontade ou sabedoria no Seol, para onde você irá.” (Se não têm conhecimento de nada, é claro que não sentem dor.)

Salmo 146:4: “Quando o espírito deixa o corpo, ele volta para onde pertence; naquele dia, seus pensamentos realmente se extinguem. Para o mundo material você não existe... para o mundo espiritual você tornou-se uma frequência arquivada com tudo que o forma como humano, porém, inanimado, sem vida... aguardando o julgamento do Criador via Seu Filho para observar o seu direito a ressurreição baseado no sacrifício de Jesus.

Diz a Bíblia também que os bons vão ao inferno?

Jó 14:13, Dy: “[Jó orou:] Quem me dera isto: que me protegesses no inferno, e me escondesses até que passasse a tua ira, e me fixasses um tempo em que te lembrarias de mim?” (O próprio Deus disse que Jó era “homem inculpe e reto, temendo a Deus e desviando-se do mal.” — Jó 1:8.).

Atos 2:25-27, PIB: “Davi . . . diz a seu respeito [de Jesus Cristo]: . . . porque não abandonarás a minha alma no inferno, nem deixarás que o teu Santo experimente a decomposição.” (Não indica o fato de Deus não ‘abandonar’ Jesus no inferno que Jesus esteve no inferno, ou Hades, por pelo menos algum tempo?).

Pode alguém sair algum dia do inferno bíblico?

Apo. 20:13, 14: “Deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.” (Portanto, os mortos serão livrados do inferno. Note também que o inferno não é o mesmo que o lago de fogo, mas será lançado no lago de fogo.) (*“Inferno”, ---> “região dos mortos”,--->; “o mundo dos mortos”).

Qual é o castigo pelo pecado, segundo a Bíblia?

Rom. 6:23: “O salário pago pelo pecado é a morte.”

Após a morte da pessoa, está ela ainda sujeita a castigo adicional pelos seus pecados?

Rom. 6:7: “Aquele que morreu foi absolvido do seu pecado.”

Será que o tormento eterno dos maus é compatível com a personalidade de Deus?

Jer. 7:31: “[Os judeus apóstatas] construíram os altos de Tofete, que está no vale do filho de Hinom, para queimarem no fogo a seus filhos e suas filhas, coisa que não havia ordenado e que não me havia subido ao coração.” (Se nunca veio ao coração de Deus, certamente ele não possui nem utiliza tal coisa em escala maior.)

Ilustração: Que acharia de um genitor que segurasse a mão de seu filho sobre o fogo para castigá-lo por causa de uma transgressão? “Deus é amor.” (1 João 4:8) Será que ele faria aquilo que um genitor humano com mente sã não faria? Certamente que não!

Por que há mal-entendidos sobre o que a Bíblia afirma sobre o inferno?

"Um grande número de desentendimentos e interpretações incorretas surgiu devido à tendência dos tradutores originais da Bíblia de repetidamente traduzir o termo hebraico Seol e as palavras gregas Hades e Geena como inferno. A mera transliteração desses termos por parte dos revisores das edições da Bíblia não foi suficiente para reduzir significativamente essa confusão e erro." — The Encyclopedia Americana (1942), Vol. XIV, p. 81.

Os tradutores deixaram que suas crenças pessoais influenciassem seu trabalho, ao invés de manter uma abordagem consistente na tradução das palavras do idioma original. Por exemplo:
(1) A edição de Matos Soares, 36.ª edição, interpretou she’óhl como "inferno", "terra", "morte", "habitação dos mortos", "sepulcro", "sepultura" e uma vez a transliterou como "cheol"; haí·des é também traduzido ali tanto como "inferno" quanto "habitação dos mortos"; gé·en·na também recebe a tradução de "inferno". (2) A versão A Bíblia na Linguagem de Hoje traduz haí·des como "inferno", "morte", "lugar em que estão os mortos" e "mundo dos mortos". Além de traduzir haí·des como "inferno", aplica essa mesma tradução para gé·en·na. (3) A tradução do Centro Bíblico Católico traduz haí·des como "inferno", "região dos mortos" e "morada subterrânea". Também traduz gé·en·na como "inferno", além de transliterar gé·en·na como geena. O significado preciso dos termos na língua original acaba assim obscurecido.

penalidade eterna para os malvados?

2 Tes. 1:9: "Eles experimentarão a punição de destruição eterna, banidos da presença do Senhor e da magnificência de seu poder." (*“Destruição eterna”, “ruína eterna”, “castigo eterno com destruição”.)

Judas 7, Al: "Da mesma maneira que Sodoma e Gomorra, e as cidades vizinhas, que se corromperam como aquelas, e se entregaram a outra carne, foram exemplos, sofrendo o castigo do fogo eterno." (O fogo que consumiu Sodoma e Gomorra parou de queimarmilênios. Contudo, as consequências desse incêndio persistem; aquelas cidades não foram reerguidas. O juízo de Deus foi contra aquelas cidades, mas também se direcionou a seus moradores ímpios. O que lhes ocorreu serve como aviso. Em Lucas 17:29, Jesus menciona que eles foram ‘destruidos’; Judas 7 esclarece que a destruição foi para sempre.)

Qual é o significado do ‘sofrimento eterno’ mencionado em Apocalipse?

Apoc
. 14:9-11; 20:10: “Caso alguém preste culto à besta, à sua imagem ou receba a marca em sua testa ou mão, também esse provará do vinho da ira de Deus, que foi servido puro, no cálice da sua ira; e será torturado com fogo e enxofre diante dos anjos santos e do Cordeiro. E a fumaça do seu sofrimento [grego: ba·sa·ni·smoú] subirão para sempre; e não terão descanso nem durante o dia nem à noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aqueles que aceitam a marca do seu nome.” “E o diabo, que os iludia, foi arremessado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e serão atormentados dia e noite para todo o sempre.”

O
que representa o ‘sofrimento’ mencionado nesses trechos? É importante notar que em Apocalipse 11:10 refere-se a ‘profetas que fazem sofrer aqueles que vivem na terra’. Esse tipo de sofrimento decorre da humilhação proporcionada pelas mensagens que esses profetas disseminam. Em Apocalipse 14:9-11, menciona-se que os adoradores da simbólica “besta e da sua imagem passam por sofrimento com fogo e enxofre’. Isto não pode significar sofrimento consciente após a morte, uma vez que “os mortos não têm conhecimento algum”. (Eclesiastes 9:5) Então, o que gera tal sofrimento enquanto ainda estão vivos? É a mensagem proclamada pelos servos de Deus de que os que prestam culto à “besta e à sua imagem enfrentarão a segunda morte, simbolizada pelo “lago de fogo e enxofre”. A fumaça, ligada à destruição deles pelo fogo, subirá para sempre, pois essa destruição será eterna e nunca será esquecida. Quando Apocalipse 20:10 menciona que o Diabo será ‘atormentado para todo o sempre’ no “lago de fogo e enxofre”, qual é o significado disso? Apocalipse 21:8 diz claramente que o “lago que arde em fogo e enxofre” representa “a segunda morte”. Portanto, o fato de o Diabo ser ‘atormentado’ ali para sempre implica que não haverá escape para ele; ele permanecerá eternamente confinado, ou seja, na morte eterna. Essa utilização da palavra “sofrimento” (do grego bá·sa·nos) evoca a sua aplicação em Mateus 18:34, onde o mesmo termo grego básico se refere a um ‘carcereiro’.

O que representa a ‘geena ardente’ que Jesus mencionou?

As
Escrituras Gregas Cristãs fazem menção à Geena em 12 ocasiões. Em cinco delas, está diretamente relacionada ao fogo. Alguns tradutores optaram por traduzir a expressão grega gé·en·nan tou py·rós como “fogo do inferno”, “inferno de fogo”, “abismo de fogo” e “Geena do fogo”.

Contexto histórico: O Vale de Hinom, conhecido como Geena, localizava-se fora dos muros de Jerusalém. Por um período, serviu como um local de adoração a ídolos, incluindo o sacrifício de crianças. No primeiro século, a Geena era utilizada como um incinerador para os resíduos de Jerusalém. Animais mortos eram descartados no vale para serem consumidos pelo fogo, ao qual se adicionava enxofre para intensificá-lo. Além disso, corpos de criminosos executados, que não eram considerados dignos de um sepultamento adequado, eram também despejados na Geena. Dessa forma, em Mateus 5:29, 30, Jesus menciona o lançamento de todo o corpo’ de uma pessoa na Geena. Quando o corpo caía nas chamas, que eram mantidas em constante combustão, ele era reduzido a cinzas, mas, caso caísse em uma saliência do profundo vale, a carne em decomposição era infestada por vermes constantemente presentes. (Mar. 9:47, 48) Ninguém vivo era jogado na Geena; assim, não se tratava de um local de sofrimento consciente.

Em Mateus 10:28, Jesus alertou seus ouvintes para que temessem aquele que pode destruir tanto a alma quanto o corpo na Geena’. O que isso implica? É importante notar que não referência a um tormento no fogo da Geena aqui; em vez disso, ele menciona ‘temer aquele que pode destruir na Geena’. Ao referir-se à "alma" de forma separada, Jesus ressalta que Deus tem a capacidade de aniquilar todas as oportunidades de vida de um indivíduo; assim, essa pessoa não teria esperança de ressuscitar. Portanto, as menções à ‘Geena de fogo’ têm a mesma conotação que o “lago de fogo”, mencionado em Apocalipse 21:8, ou seja, a destruição, conhecida como “a segunda morte”.

De acordo com o que Jesus mencionou sobre o rico e Lázaro, ele realmente ensinou sobre o sofrimento após a morte para os maus?

A
passagem em Lucas 16:19-31 é literal ou simplesmente uma figura de linguagem para ilustrar algo diferente? A versão da Bíblia de Jerusalém, em uma nota de rodapé, caracteriza isso como uma "história-parábola, sem fundamento histórico algum". Se fosse interpretada literalmente, isso implicaria que todos os que estão em graça divina se concentrariam em uma única pessoa, Abraão; que a água em um dedo de alguém não poderia evaporar devido ao fogo do Hades; e que apenas uma gota d'água poderia oferecer alívio ao que estivesse sofrendo nesse local. Você considera isso plausível? Uma interpretação literal entraria em conflito com outros trechos bíblicos. Se a Bíblia apresentasse tantas contradições, alguém realmente comprometido com a verdade utilizaria isso como fundamento de sua fé? Contudo, a realidade é que a Bíblia não apresenta contradições.

Qual é o significado dessa parábola? O "homem rico" simbolizava os fariseus. (Veja o versículo 14 de Lucas 16.) O mendigo Lázaro simbolizava o povo judeu comum, que era desprezado pelos fariseus, mas que encontrou arrependimento e cujos membros se tornaram seguidores de Jesus. (Veja Lucas 18:11; João 7:49; Mateus 21:31, 32.) A morte deles também era uma representação simbólica, indicando uma mudança nas circunstâncias. Assim, aqueles que eram previamente menosprezados passaram a ter a favor de Deus e aqueles que antes pareciam estar em boa posição foram rejeitados por Ele, enfrentando tormento pelas mensagens de julgamento que vinham de quem haviam menosprezado. — Atos 5:33; 7:54.

Qual é a origem do ensinamento do inferno de fogo?

Nas crenças da antiga Babilônia e Assíria “o mundo inferior . . . é retratado como um lugar cheio de horrores, e é presidido por deuses e demônios de grande força e ferocidade”. (The Religion of Babylonia and Assyria, Boston, EUA, 1898, de Morris Jastrow, Jr., p. 581) Uma evidência antiga do aspecto ardente do inferno encontra-se na religião do antigo Egito. (The Book of the Dead, New Hyde Park, N. I., EUA, 1960, com introdução por E. A. Wallis Budge, pp. 144, 149, 151, 153, 161) O budismo, que data do 6.º século AEC, com o tempo apresentou infernos tanto quentes como frios. (The Encyclopedia Americana, 1977, Vol. 14, p. 68) Descobriu-se que gravuras do inferno, representadas nas igrejas católicas na Itália, remontam a raízes etruscas. — La civiltà etrusca (Milão, Itália, 1979), de Werner Keller, p. 389.

Mas as verdadeiras raízes desta doutrina que desonra a Deus são muito mais profundas. O conceito hediondo associado com um inferno de tormento é uma calúnia contra Deus e se origina do principal caluniador de Deus (o Diabo, cujo nome significa “Caluniador”), a quem Jesus Cristo chamou de “pai da mentira”. — João 8:44.


O significado que hoje se associa à palavra "inferno" é aquele que se encontra na Divina Comédia de Dante e no Paraíso Perdido de Milton, algo que está completamente distante da definição original do termo. A percepção de um "inferno" de sofrimento intenso, no entanto, remonta a tempos muito anteriores aos de Dante ou Milton. A Grolier Universal Encyclopedia menciona que, sob a entrada "Inferno", os hindus e budistas percebem-no como um local de purificação espiritual e de redenção final. A tradição islâmica o como um espaço de punição eterna. A ideia de dor após a morte é evidente nos ensinamentos religiosos dos antigos povos pagãos da Babilônia e do Egito. As crenças dos babilônios e assírios descreveram o "mundo inferior" como um lugar repleto de horrores, dominado por poderosos deuses e demônios ferozes. Embora os escritos religiosos do Egito Antigo não afirmem que a punição de qualquer indivíduo se prolongaria eternamente, eles realmente representam o "Outro Mundo" com "covas de fogo" destinadas "aos condenados".

O "inferno de fogo" tem sido uma doutrina fundamental do cristianismo séculos. Por isso, é fácil entender a afirmação feita na The Encyclopedia Americana: "Muita confusão e muitos mal-entendidos surgiram porque os primeiros tradutores da Bíblia traduziam insistentemente o hebraico Seol, o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A mera transliteração dessas expressões por parte dos tradutores das edições revisadas da Bíblia não foi suficiente para eliminar essa confusão e erro de forma significativa."

Contudo, tal transliteração e tradução coerente realmente permite que os estudiosos da Bíblia comparem cuidadosamente os textos onde aparecem essas palavras originais e, com uma abordagem aberta, cheguem a um entendimento verdadeiro de seu significado real.

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