AMÉRICAS

Está Donald Trump a gerir o possível colapso «do império americano» ?

27.03.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder - por Edson A Souza

Desde há um mês, a soma de acontecimentos críticos em redor dos Estados Unidos, da Ucrânia e da União Europeia torna-se difícil de interpretar já que cada potência avança mascarada. No entanto, é possível que os encontros diplomáticos escondam uma outra aposta : a prevenção de crise econômica grave no Ocidente. Neste caso, Washington deve aterrorizar os seus Aliados para os forçar a afogar as suas dívidas.

A desdolarização, quer dizer, o fato de utilizar o dólar apenas no plano nacional norte-americano e não mais no comércio internacional, é a serpente marinha das finanças. No entanto, a seguir às medidas coercivas unilaterais que os Estados Unidos impuseram aos seus aliados, primeiro contra o Irã, depois contra a Rússia (que de fato nunca ocorrem em sua plenitude devido as diversas parcerias existentes comercialmente e militarmente entre Rússia e Estados Unidos - como urânio, petróleo, alumínio e outros...), a Rússia criou um Sistema de transferência de mensagens financeiras (SPFs), a China o Sistema de pagamento interbancário (CIPS) e a União Europeia o Instrumento europeu de apoio às trocas comerciais (INSTEX). Daqui resulta que a utilização do dólar caiu cerca de um quarto no comércio internacional. (Assista o vídeo produzido pela Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder intitulado - Petróleo, gás e a fome global).

Ora, a dívida pública dos EUA atinge hoje a soma astronômica de US$ 34.000 trilhões de dólares, dos quais apenas um terço é detido por investidores estrangeiros, segundo a Forbes. Se certos credores dos Estados Unidos, sobretudo a China e a Arábia Saudita, pedissem para ser reembolsados, surgiria uma gigantesca crise econômica como em 1929.

NOTA DO AUTOR:  Observe este texto - "31 “Ó rei, enquanto o senhor estava observando, apareceu uma enorme estátua. Essa estátua imensa e extremamente brilhante estava na sua frente, e sua aparência era amedrontadora. 32 A cabeça da estátua era de ouro puro (Império Babilônico), o peito e os braços eram de prata (Império Medo-Persa), o abdômen e as coxas eram de cobre (Império Romano), 33 as pernas eram de ferro e os pés eram parcialmente de ferro e parcialmente de argila (atual Império Anglo-Americano)." - Daniel 2:31-33.

O último império é duro como o ferro (militarmente) e parcialmente fraco como a argila (politicamente e economicamente)... Portanto o cenário atual onde os Estados Unidos afastasse de sua parceria com a Europa, cria um processo protecionista que o isola economicamente (tarifas de Trump) e preparasse para atacar o Irã - criando uma aliança ainda maior em torno do Rei do norte (Rússia e aliados), - demostra de certa forma que a Tribulação (Mateus 24:21), prevista por Jesus aproxima-se rapidamente.

A expressão « Acordo de Mar-A-Lago » faz referência ao «Acordo do Plaza» quando, em 1985, os Estados Unidos aplicaram uma política de enfraquecimento da moeda a fim de relançar as suas exportações. Na prática, provocou uma gravíssima recessão no Japão.

Nos dias 21 e 22 de Janeiro, Donald Trump reuniu os banqueiros centrais e os ministros das Finanças do G7 na sua residência de Mar-a-Lago. Recebeu-os dizendo-lhes : «Ninguém vai sair desta sala enquanto não chegarmos a um acordo sobre o dólar». O acordo em questão teria portanto sido aprovado pelos Aliados.

A ideia principal seria que o Tesouro dos EUA emita obrigações do Estado que não pagam juros e que não atingiriam a maturidade antes do século (ou seja, que não poderiam ser resgatados por dinheiro líquido antes de 100 anos). Washington devia, portanto, forçar os Aliados a converter os seus créditos em «cupons zero».

Se aceitarmos esta análise, temos de reinterpretar diversas ações do Presidente Trump, em matéria de direitos aduaneiros ou durante a criação de um fundo soberano. Elas já não parecem tão erráticas quanto o descreve a imprensa internacional, mas antes, pelo contrário, muito lógicas.

Devemos, pois, considerar que Donald Trump está a tentar gerir o possível colapso econômico do « Império Americano » de Joe Biden, tal como Iuri Andropov, Konstantin Chernenko e Mikhail Gorbachev, tentaram gerir o do «Império Soviético» de Leonid Brejnev.

O “Golpe de Estado” do 11 de Setembro de 2001 não tinha outro propósito senão o de afastar o previsível colapso do «Império Americano». Assim, as duas últimas décadas não foram mais do que um adiamento que, longe de resolver o problema, apenas o tornou muito mais complexo.

Lembremos: em 1989, o Russo Mikhail Gorbachev, Primeiro-Secretário do Partido Comunista da União Soviética, decide reduzir as despesas do Estado. De forma brutal, ele suspende a ajuda aos aliados da URSS e devolve a liberdade a todos. Simultaneamente, os Alemães de Leste derrubam o Muro de Berlim, enquanto os Polacos elegem membros de Solidarność para o Parlamento (Dieta) e para o Senado. Era o fim do imperialismo do Ucraniano Leonid Brejnev, que havia imposto a todos os aliados da URSS, em 1968, adoptar, defender e preservar o modelo econômico de Moscou.

Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, dissolve «o Império Americano», como o havia tentado desfazer em 2017. Em 28 de Julho de 2017, ele reorganizara o Conselho de Segurança Nacional, liquidando os lugares permanentes do Diretor da CIA e do Presidente do Comitê de Chefes do Estado-Maior. Seguiram-se três semanas de conflito em Washington e, por fim, a demissão do Conselheiro de Segurança Nacional, o General Michael T. Flynn. Este, que desapareceu dos radares, continua hoje, na realidade, sempre ativo e organiza reuniões em Mar-a-Lago para os opositores nos países aliados.

Desta vez, de forma prudente, o Presidente Trump adormece a sua opinião pública evocando para isso a anexação de todo o platô continental norte-americano, da Gronelândia ao Canal do Panamá, ao mesmo tempo liquidando a guerra na Ucrânia e a União Europeia.

Bom, não devemos acreditar numa só palavra das ameaças de anexação de novos territórios, como o Canadá, e não pensar que os Estados Unidos se retiram militarmente da Europa para se confrontar com a China, mas admitir que eles abandonam militarmente os seus Aliados europeus. Constatamos que deixam a Alemanha e se remetem à Polônia para organizar a Europa Central, mesmo que venham a deixar Varsóvia anexar a Galícia Oriental (atualmente ucraniana). De forma idêntica, temos que nos preparar para ver os Estados Unidos abandonar os seus Aliados do Médio-Oriente, à exceção de Israel. Efetivamente, acabam de retomar os fornecimentos de armas a Telaviv e de iniciar conversações secretas com o Irã via Moscoou. Eles deixam a Arábia Saudita e a Turquia partilharem o mundo árabe.

A competição a que se entregam Paris e Londres para liderar a defesa europeia não deve ser entendida como uma oposição à paz na Ucrânia. Nem os exércitos franceses, nem os britânicos têm, aliás, a possibilidade de se substituir ao apoio militar de Washington. Trata-se, em vez disso, de determinar o papel que as duas capitais jogarão no continente. Emmanuel Macron, Presidente francês, espera desenvolver o seu conceito de defesa em torno da Força de ataque nuclear francesa, enquanto Keir Starmer, Primeiro-Ministro britânico, pretende virar a situação em seu proveito. O primeiro está consciente que a União Europeia, reunida à volta da Alemanha, se desintegra e que o Presidente Trump prefere a « Iniciativa dos Três Mares », em torno da Polônia. Poderia, portanto, despertar o Triângulo de Weimar (Alemanha/França/Polônia) para conservar uma margem de manobra. Enquanto que, a partir da mesma análise e tendo em conta o apagamento da OTAN, o segundo velará para manter a Alemanha o mais longe possível da Rússia, prosseguindo assim a política externa do seu país desde há um século e meio.

Muitos economistas lançam regularmente alertas face a esta perspectiva. No entanto, segundo Jon Hartley, da Hoover Institution, os bancos centrais não reduziram a percentagem do dólar nas suas reservas de divisas desde a guerra na Ucrânia. No entanto, em 20 de Fevereiro, uma videoconferência do analista Jim Bianco, retomada pela agência Bloomberg, relançou as inquietações. Segundo este analista, a Administração Trump segue um plano, «O Acordo Mar-A-Lago». Ela pretende reestruturar radicalmente o ónus da dívida dos EUA, reorganizando o comércio mundial através de direitos aduaneiros, desvalorizando o dólar e, no fim de contas, reduzindo o custo dos empréstimos, tudo com o fim de colocar a indústria norte-americana em pé de igualdade com a dos seus concorrentes no resto do mundo.

Segurança e comércio entre Estados Unidos e Europa ameaçado?

Vazamento revela a indiferença dos Estados Unidos em relação aos parceiros europeus e sugere incertezas sobre o futuro da colaboração ocidental.

27.03.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder

A recente revelação do desdém das principais autoridades de segurança e defesa dos EUA em relação aos aliados europeus chocou a diplomacia do outro lado do Atlântico. O incidente aconteceu após um vazamento inesperado: uma conversa no aplicativo Signal entre figuras centrais do governo Trump, como o vice-presidente J.D. Vance e o secretário de Defesa Pete Hegseth, tornou-se pública devido a um erro notável de segurança. O editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, foi adicionado acidentalmente ao grupo, expondo uma discussão delicada sobre defesa nacional. 

Rede Global: Sem dúvida as elites acreditam de verdade que todas as pessoas no mundo são ignorantes e sem capacidade mínima de raciocínio. Ao ler este artigo, você realmente acredita que tal informação seria "ops, desculpa, deixamos escapar... ouve uma falha na comunicação! Piada. Obviamente que visa desviar a atenção da população de processos em andamento que visam acelerar a reengenharia de segurança e política entre Europa e Estados Unidos.

O diálogo abordava ataques planejados contra os rebeldes houthis no Iêmen, com o intuito de desbloquear as rotas comerciais no Canal de Suez. Durante a conversa vazada, Vance expressou sua discordância em relação a Trump, questionando a relevância da operação para os EUA, ao ressaltar que apenas 3% do tráfego comercial americano depende do canal, em comparação com 40% da Europa. Hegseth, por sua vez, demonstrou descontentamento com o "oportunismo" europeu, enquanto outros membros do governo debatiam maneiras de garantir que os europeus arcam com os custos da intervenção militar americana. A resposta europeia foi de "nojo", segundo uma fonte da UE, intensificando a desconfiança mútua.

“Por que salvar a Europa?”, questionou Vance. Pete Hegseth, secretário de Defesa, concordou: “É PATÉTICO”, referindo-se à dependência europeia. Para a Europa, a aliança com um parceiro que flerta com autoritarismo compromete sua credibilidade e amplia ainda mais o fosso transatlântico.

Desde o período pós-1945, a colaboração entre os Estados Unidos e a Europa tem sido um alicerce da ordem internacional, sustentada pela Otan e pela integração econômica. Os EUA asseguravam proteção militar, permitindo que a Europa se focasse em seu bem-estar social. No entanto, sob a administração Trump, essa relação se tornou tensa, marcada por críticas frequentes aos gastos militares europeus e divergências sobre princípios.

A revelação intensificou um ambiente de desconfiança que já se agravava. Donald Trump e seus aliados veem a Europa como uma “exploradora”, dependente do poder militar dos EUA sem contribuir de maneira proporcional para sua própria defesa. “Os europeus vivem às nossas custas”, resumiu Hegseth no vazamento. A relutância de nações europeias em alcançar a meta de 2% do PIB em despesas militares, estipulada pela Otan, é um ponto de atrito constante, enquanto Washington destina 3,7% de seu PIB à defesa.

Por sua vez, a Europa enfrenta um dilema existencial. Com a agressividade renovada da Rússia e a crescente instabilidade global, a dependência da proteção americana torna-se uma vulnerabilidade. A possibilidade de um eventual abandono por parte dos EUA incentiva debates sobre uma maior autonomia militar europeia, incluindo o fortalecimento da colaboração em defesa e segurança dentro da União Europeia.

Fragilidades estratégicas para os Estados Unidos


Decidir quando e onde empregar a força militar norte-americana está entre as decisões presidenciais mais delicadas e repletas de riscos. Se adversários obtêm acesso antecipado a esses detalhes, podem comprometer vidas — assim como metas da política externa do país.

Adicionalmente, o fato de tais diálogos terem ocorrido fora dos canais oficiais pode caracterizar uma infração legal, já que há normas específicas para o manuseio de dados sigilosos.

Benefícios para Rússia e China


Sem os Estados Unidos, a Europa demoraria anos para reestruturar suas capacidades defensivas, tornando-a suscetível a ações híbridas e a uma potencial pressão russa.

O continente europeu mantém dependência dos EUA em áreas como inteligência, proteção aérea e dissuasão nuclear. Apesar dos debates sobre autonomia estratégica (como iniciativas de defesa da UE), a insuficiência de investimentos e a descoordenação entre países permanecem. Há receio de que a apatia de Trump pela OTAN e sua simpatia por Putin fragilizem os mecanismos de contenção contra Moscou. Sem o respaldo americano, a Europa ficaria indefesa, destaca um especialista do Le Figaro.

Uma eventual ruptura obrigaria a União Europeia a procurar opções — como alianças com a China ou um diálogo prudente com a Rússia —, mas isso demandaria tempo e recursos financeiros que, hoje, são escassos.

A expansão chinesa exige colaboração transatlântica em setores como tecnologia (5G, inteligência artificial) e comércio. Um distanciamento permitiria à China capitalizar divergências, atraindo a Europa com financiamentos ou fortalecendo acordos estratégicos. A tensão recente no Mar do Sul da China exemplifica como a fragmentação do Ocidente favorece seus rivais.

Por outro lado, a mera possibilidade de desgaste entre parceiros gera ameaças geopolíticas aos EUA. A Europa é essencial para conter a Rússia e equilibrar a ascensão chinesa. Uma ruptura prejudicaria a capacidade norte-americana de exercer influência em conflitos como a guerra na Ucrânia ou tensões no Indo-Pacífico, reduzindo seu peso estratégico.

Medidas punitivas, como as tarifas propostas por Trump contra produtos europeus, podem afetar setores vitais (como agropecuária e tecnologia) devido à interligação econômica entre os blocos. A UE é o principal parceiro comercial dos EUA, com transações anuais de US$ 1,3 trilhão. Impostos retaliatórios gerariam prejuízos bilionários e desorganizariam redes produtivas globais, agravando crises econômicas. No Signal, Stephen Miller mencionou “benefícios financeiros” como contrapartida a ações militares, sinalizando uma comercialização do pacto aliado.

A visita de Maros Sefcovic e Ursula von der Leyen a Washington nesta semana visa evitar novas taxações, mas a desconfiança é recíproca. “A Europa deve optar: assumir custos ou buscar autossuficiência”, declarou um conselheiro de Trump à FranceInfo.

A OTAN e a ONU dependem da união transatlântica, e uma ruptura poderia corroer instituições multilaterais. Um afastamento encorajaria rivais, como Rússia e China, a ampliarem sua presença em regiões como os Bálcãs e o Mar do Sul da China, aproveitando brechas deixadas pela divisão ocidental.

Assista "Europa Redux", produzido pela Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder.

Uma reconfiguração global?


A tensão crescente entre os dois lados do Atlântico suscita dúvidas sobre o futuro da ordem internacional. Enquanto os EUA concentram esforços na rivalidade com a China, a Europa é pressionada a reavaliar suas parcerias. A perspectiva de um núcleo franco-alemão mais autônomo e do aprofundamento de relações com nações emergentes, como Brasil e Índia, ganha relevância.

Paralelamente, a aproximação de Trump com Vladimir Putin inquieta os europeus, que enxergam a Rússia como um risco direto à sua estabilidade. A pressão de Washington para que os europeus absorvam maiores responsabilidades financeiras e militares, combinada com discursos ideológicos de figuras como Vance evidencia um distanciamento capaz de gerar impactos duradouros.

Momento decisivo


A revelação da conversa no Signal simboliza uma tensão subjacente que pode remodelar a dinâmica das relações globais. Caso a Europa opte por reafirmar sua autonomia estratégica, os EUA poderão perder uma parceira histórica e relevante. Por outro lado, se os europeus sucumbirem às exigências norte-americanas, sua soberania e liberdade de ação podem ser ainda mais limitadas. Em um cenário crescentemente dividido, o desgaste da parceria transatlântica pode reconfigurar o cenário geopolítico de maneiras incalculáveis.

Um pacto que encara seu maior desafio desde a Guerra Fria. Enquanto os EUA questionam o ônus de sustentar a Europa, os europeus receiam tornar-se reféns de um aliado imprevisível. A ruptura é um privilégio que nenhuma das partes pode bancar. O entendimento é prioritário: medidas punitivas e discursos agressivos apenas intensificarão os conflitos. A alternativa — uma separação — não só minaria a estabilidade internacional fundamentada no modelo hegemônico dos EUA, como aceleraria a mudança para uma ordem multipolar, na qual americanos e europeus cedem espaço a adversários estratégicos.

Como sintetizou um diplomata europeu: “É perturbador ver isso explicitado. Mas não chega a surpreender.” A aliança só perdurará se ambos os lados admitirem que, sem colaboração, todos saem prejudicados.

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Estados Unidos e Argentina decidem "sair" da OMS

"OMS respondeu à decisão de Washington expressando "pesar" e enfatizando seu papel crítico na saúde e segurança globais. Os EUA têm sido historicamente um dos maiores doadores da OMS, contribuindo com quase US$ 950 milhões em 2024, ou 15% do orçamento total da agência. O autointitulado anarcocapitalista Milei foi o primeiro líder estrangeiro a visitar Trump em sua propriedade em Mar-a-Lago, Flórida, após a vitória do republicano nas eleições de 2024 nos EUA. A Rede Global não endossa este teatro mundial. O objetivo principal e reais motivações nada tem a ver com vírus ou disputas políticas, mas, sim a hibridação humana em direção ao mercado quântico futuro baseado em alterações quânticas e frequênciais da humanidade."

25.02.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder

A Argentina anunciou sua retirada da Organização Mundial da Saúde (OMS), citando divergências políticas fundamentais, principalmente durante a "pandemia" da Covid-19. A medida reflete uma decisão tomada no mês passado pelo presidente dos EUA, Donald Trump . Em uma declaração no X na quarta-feira, o gabinete do presidente Javier Milei declarou que a OMS, que foi criada para coordenar respostas a emergências globais de saúde, havia "falhado em seu maior teste" durante o surto de coronavírus. Alegou ainda que as quarentenas prolongadas levaram a, "uma das maiores catástrofes econômicas da história mundial."

Assista o vídeo Vamos conhecer a OMS - A maravilhosa salvadora de vidas produzido pela Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder. Na Argentina, os lockdowns de meses de duração sob o governo anterior — endossados ​​pela OMS — prejudicaram a economia e resultaram em 130.000 mortes, argumentou o gabinete presidencial. O porta-voz de Milei, Manuel Adorni , disse aos jornalistas que o Ministro das Relações Exteriores Gerardo Werthein havia sido instruído a iniciar a retirada da Argentina. "Nós, argentinos, não permitiremos que uma organização internacional intervenha em nossa soberania, muito menos em nossa saúde", afirmou Adorni.

O jornal El Pais informou que a saída se alinha com a oposição de longa data de Milei aos bloqueios. Em 2020, ele protestou ativamente contra as medidas de isolamento impostas pelo então presidente Alberto Fernández. Na época, ele descreveu o bloqueio como: "um crime contra a humanidade " que violou as liberdades pessoais. Trump também afirmou que a OMS lidou mal com a "pandemia" e outras crises internacionais de saúde e impôs obrigações financeiras "injustamente onerosas" aos EUA. Trump inicia retirada dos EUA da OMSNo seu primeiro dia de mandato, ele assinou uma ordem executiva para, iniciar o processo de retirada da organização, declarando que os EUA a deixariam dentro de 12 meses. A medida marcou a segunda vez que Trump ordenou a retirada de seu país da OMS.

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Com uma confiança surpreendente, a imprensa internacional garante-nos que não assistimos a uma mudança militar de regime na Síria, mas a uma revolução que derrubou a República árabe síria. A presença do Exército turco e das Forças Especiais norte-americanas é escondida do grande público. Mas, sabemos que a história vai além... A potência mundial (Rei do Sul), financiou ISIS e Al-Qaeda para encobrir a chacina que os militares sírios promoviam contra a sua própria população - "algo comum no meio militar". Inundam-nos com uma propaganda várias vezes desmontada sobre os “crimes” imputados a «Bashar», afinal para isto são pagos os políticos - para atuarem como atores profissionais encobrindo as ações miliares mundo afora. Transforma-se cortadores de gargantas canibais em respeitáveis defensores da bandeira e de seu país. Mais uma vez, a imprensa internacional, conscientemente, mente a população global... e eles, cultuadores de sua cognição baixa moldada por timelines do Insta e "X" - acreditam, com suas bocas abertas e mentes zubificadas pelo sistema.

02.02.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder

Abu Mohammed al-Jolani, antigo numero 2 do Daesh (E.I.), agora o novo senhor de Damasco, dá uma conferência de imprensa na grande mesquita dos Omíadas. Antes de sua ascensão ao comando da HTS, al-Jolani foi associado ao Estado Islâmico (E.I.), onde serviu como número 2 na hierarquia do grupo na Síria. No entanto, em 2013, ele se separou do E.I. e formou o Jabhat al-Nusra, que mais tarde evoluiu para HTS. Sob sua liderança, a HTS se distanciou do extremismo do E.I. e buscou estabelecer uma imagem mais moderada, embora ainda mantenha uma ideologia jihadista.

Em 11 dias, a República Árabe da Síria, que resistiu valentemente, desde 2011, aos ataques de jihadistas apoiados pela maior coligação da história foi derrubada. O que é que se passou então?

Primeiramente, desde 15 de Outubro de 2017, os Estados Unidos montaram um cerco à Síria, proibindo em simultâneo todo o comércio com ela (até porque continuam roubando o petróleo sírio com seus petroleiros sem parar...). Esta estratégia foi alargada, em 2020, ao Líbano com o Caesar Act. Todos nós, membros da União Europeia, participamos neste crime.

A maioria dos Sírios estava mal alimentada. O valor da libra tinha-se afundado : o que se comprava com 1 libra antes da guerra, em 2011, requeria 50. 000 quando da queda de Damasco (a libra foi revalorizada três dias mais tarde graças a uma injeção de dinheiro catariano). Sendo que as mesmas causas provocam sempre os mesmos efeitos, a Síria foi vencida tal como antes dela o Iraque, sobre o qual a Secretária de Estado Madeleine Albright (a criadora da figura de Victoria Nuland, arquiteta da tragédia da Praça Maidan, na Ucrânia), se felicitava por ter causado a morte de meio milhão de crianças iraquianas por doença e subnutrição - "demônios de saia".

Por outro lado, se foram os jihadistas de Hayat Tahrir al-Sham (HTC) que tomaram Damasco, não foram eles que venceram no plano militar. Em 27 de Novembro, o HTC, armado pelo Catar e enquadrado pelo Exército turco disfarçado de « Exército Nacional Sírio » (SNA), tomou o controle da auto-estrada M4 que servia de linha de cessar-fogo. Além disso o HTC e a Turquia dispunham de drones muito avançados operados por conselheiros ucranianos. Por fim, o HTC trouxe com ele a colônia uígur do Partido islâmico do Turquestão (TIP), que estava acampada em al-Zanbaki desde há 8 anos. Os teatros de operação israelita, russo e chinês fundiram-se. Depois, estas forças atacaram Alepo (As forças militares americanas e russas destruíram Alepo devido sua ousadia em tornar-se um ponto de conexão Oriente Médio - América do Sul no tráfico de drogas (sob controle do Hezbollah) - Qasem Soleimani morto por trair a Otan quanto a sua conexão com os campos de ópio do Afganistão, Erdogan e EU), até aí defendida pelos Guardas da Revolução Iranianos.

"Estes retiraram-se sem dizer nada, deixando uma pequena guarnição do Exército árabe sírio a defender a cidade" - na realidade a ordem de Washigton/OTAN ao mandar matar Soleimani foi uma mensagem velada para a Guarda Revolucionária Iraniana que rapidamente saiu de cena. Face à desproporção de forças, o Governo sírio deu ordem às suas tropas para recuarem para Hama, o que elas fizeram, em 29 de Novembro, após uma curta batalha. Em 5 de Dezembro, os Estados Unidos renovam as suas acusações no Conselho de Segurança das Nações Unidas contra o Presidente Bashar al-Assad de usar “armas químicas” para reprimir o seu próprio povo (Assista Crise na Síria)- e veja como os militares matam seu próprio povo). Foram eles que permitiram o enviado das Nações Unidas, Jeffrey Feltman, interditar a reconstrução da Síria. Simultaneamente, o Pentágono indica ao HTC e ao Exército turco que podem prosseguir o seu avanço, tomar Damasco e derrubar a República Árabe Síria.