GEOPOLÍTICA
Brics, moeda digital e um caminhão de problemas
A discussão sobre moedas digitais ganhou força globalmente, e o Brasil, como membro ativo dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), está no centro desse debate. A proposta de uma moeda digital comum ou a adoção de moedas digitais nacionais pode trazer transformações significativas para a economia brasileira e suas relações com os Estados Unidos. No entanto, essa transição também pode gerar uma série de problemas, tanto para o país quanto para seus cidadãos. Este artigo explora os desafios e riscos associados à adoção de moedas digitais no contexto da parceria do Brasil com os BRICS e os possíveis impactos para a população brasileira.


05.03.2025 - Rede Global de Comunicação Conhecimento é Poder
1. Tensões Geopolíticas com os Estados Unidos
A criação de uma moeda digital comum pelos BRICS ou a adoção de moedas digitais nacionais alinhadas aos interesses do grupo pode intensificar as tensões geopolíticas com os Estados Unidos. O dólar americano é a moeda dominante no sistema financeiro global, e qualquer movimento que ameace essa hegemonia pode gerar retaliações.
Risco: Os Estados Unidos podem impor sanções econômicas ou políticas ao Brasil e outros membros dos BRICS, afetando o comércio internacional e o acesso a mercados globais.
Exemplo: A China já enfrenta sanções dos EUA por suas políticas econômicas e tecnológicas. O Brasil pode ser alvo de medidas semelhantes se for visto como um aliado próximo dos BRICS em iniciativas que desafiem o dólar.
2. Dependência Tecnológica e Vulnerabilidades
A implementação de moedas digitais exigirá uma infraestrutura tecnológica robusta. No caso de uma moeda digital comum dos BRICS, o Brasil pode se tornar dependente da tecnologia desenvolvida por outros membros do grupo, como a China, que já está avançada no desenvolvimento do yuan digital.
Risco: A dependência tecnológica pode expor o Brasil a vulnerabilidades cibernéticas e a possíveis interferências políticas ou econômicas por parte de outros países.
Exemplo: Um ataque cibernético à infraestrutura de uma moeda digital comum poderia paralisar o sistema financeiro brasileiro, causando caos econômico.
3. Impacto na Soberania Monetária
A adoção de uma moeda digital comum ou a integração com sistemas monetários digitais dos BRICS pode limitar a capacidade do Banco Central do Brasil de conduzir políticas monetárias independentes.
Risco: O Brasil pode perder controle sobre taxas de juros, emissão de moeda e outras ferramentas essenciais para gerenciar crises econômicas.
Exemplo: Durante a pandemia de COVID-19, o Banco Central do Brasil cortou taxas de juros para estimular a economia. Em um sistema monetário integrado, essa autonomia poderia ser comprometida.
4. Exclusão Financeira e Desigualdades Sociais
A transição para moedas digitais pode excluir parte da população brasileira que não tem acesso à tecnologia necessária, como smartphones ou internet de qualidade. Isso pode aprofundar as desigualdades sociais no país.
Risco: Milhões de brasileiros, especialmente em áreas rurais e periferias urbanas, podem ficar marginalizados em um sistema financeiro totalmente digital.
Dado: Segundo o IBGE, cerca de 20% da população brasileira ainda não tem acesso à internet.
5. Riscos à Privacidade dos Cidadãos
Moedas digitais, especialmente as emitidas por bancos centrais, permitem o rastreamento completo das transações financeiras. Isso pode levar à perda de privacidade e ao aumento da vigilância governamental.
Risco: Governos ou instituições financeiras podem usar dados das transações para monitorar e controlar o comportamento dos cidadãos.
Exemplo: Na China, o yuan digital está integrado ao sistema de crédito social, que monitora e pontua o comportamento dos cidadãos.
6. Volatilidade e Instabilidade Financeira
Se o Brasil adotar uma moeda digital comum dos BRICS ou se alinhar a sistemas monetários digitais do grupo, a economia brasileira pode ficar exposta à volatilidade e instabilidade financeira de outros membros.
Risco: Crises econômicas em outros países dos BRICS, como a Rússia ou a África do Sul, podem afetar diretamente a economia brasileira.
Exemplo: A desvalorização do rublo russo ou do rand sul-africano poderia impactar negativamente uma moeda digital comum, afetando o poder de compra dos brasileiros.
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